sábado, dezembro 20, 2008

Gigantes da Floresta


Os Sem Florestabaseado nos personagens em quadrinhos criados e desenhados por Michael Fry e T. Lewis. Até o lançamento do filme foram lançados 4 livros com os personagens: “Over the Hedge”, “Over the Hedge 2″, “Over the Hedge 3: Knights of the Picnic Table” e “Over the Hedge: Stuffed Animals”.
A primavera chegou, o que faz com que os animais da floresta despertem da hibernação. Ao acordar eles logo têm uma surpresa: surgiu ao redor de seu habitat natural uma grande cerca verde. Inicialmente eles temem o que há por detrás da cerca, até que RJ (Bruce Willis) revela que foi construída uma cidade ao redor da floresta em que vivem, que agora ocupa apenas um pequeno espaço. RJ é um guaxinim, que explica que o mundo além da cerca é a passagem para um vida maravilhosa na qual criaturas peculiares chamadas humanos vivem para comer, ao invés de comer para viver. 


Outro Exemplo é Bambi 2 - Bambi e o Grande Príncipe da Floresta (Bambi 2: Bambi and The Great Prince of the Forest), o jovem Bambi vai morar com o pai que ele mal conhece - o grande Príncipe da Floresta. No fim, Bambi descobre o verdadeiro siginificado de coragem e o Grande Príncipe abre o coração para seu filho. Tem na Kidtoys. Será que o filme trata das relações ecológicas como elas são? Você viu o Filme, o que achou?


O Gigante da Floresta
Este não é Filme, mas parece a melhor pedida: O Gigante da Floresta é um musical, ou, mais precisamente, uma história cantada. A história baseia-se em fatos reais, e conta sobre um jequitibá de 1500 anos e 54 metros de altura, que viveu em Minas Gerais, perto de uma cidade chamada Carangola e vítima de um incêndio criminoso. A ficção fica por conta da Turma do Cocórico. [Tem no Submarino].

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Dê uma floresta de presente neste natal!

Em Good4Kids tem um Quebra-Cabeça de Madeira com Bichos da Floresta Tropical da PuzzlePlay Rainforest é divertido, educativo e ecológico. Perfeito para ensinar a criançada a conservar a natureza usando bichos da floresta tropical.



São 18 bichos, feitos de madeira para montar um quebra-cabeça quadrado ou então ser usados individualmente numa brincadeira com bichinhos.
Veja mais em Blog de Brinquedo [Via Treehugger]

terça-feira, dezembro 09, 2008

Cork - Forest in a Bottle

BBC apresenta na Inglaterra programa sobre a produção de cortiça em Portugal. O manejo florestal visando a produção não-madeireira mantém paisagem cultura, trabalho e renda, mas enfrenta diversos desafios, até mesmo, de rolhas feitas de plástico.



http://www.bbc.co.uk/programmes/b00g34qr

Wildlife film. Every time we weigh up which bottle of wine to buy, we hold the fate of nightingales, rare black storks, secretive wild cats and one of the world's most remarkable trees in our hands. It's all to do with the stopper. If it's cork, it probably came from the bark of one of the ancient cork oak trees from the Montados, in the Alentejo region of Portugal.

The cork oak is the only tree in the world whose bark can be periodically removed without killing it. But this tree is amazing in other ways. It survives in poor soil and searing heat and provides not only nesting places for Booted Eagles but also space for some of Europe's rarest wildflowers. This exquisitely-filmed portrait of the Montados reveals one of the last places in Europe where a sustainable local economy still dovetails harmoniously with nature.

Cork producer and wildlife enthusiast, Francisco Garrett explains what will be lost if cork stoppers are replaced by plastic or screwtops.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

A farsa de um mito ambientalista

Numa versão de Santa Catarina cultivada pelo Governo Estadual e setor produtivo, a natureza preservada em minifúndios justificaria uma legislação ambiental própria, sem os rigores do Código Florestal. Este mito de equidade aliado à conservação ambiental foi soterrado com vítimas das chuvas. Os números estavam longe de 120 mortos, 35 desaparecidos e 33mil desabrigados, quando o perplexo Governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) anunciava a “maior tragédia da história de Santa Catarina”.

A degradação ambiental à tona impediu temporariamente a aprovação do Projeto de Lei Estadual 238/2008, que institui o Código do Meio Ambiente Estadual, associado à expansão de ameaças ao ambiente e riscos à população. O pior seria evitado se não fosse a imprevidência. Mas o Estado liderou o desmatamento no Brasil com 45,5 mil hectares de Mata Atlântica perdidos entre 2000 e 2005, falcatruas no licenciamento ambiental alvo da Operação Moeda Verde da Polícia Federal. Na área afetada pelas chuvas, a criação do Parque Nacional da Serra do Itajaí foi barrada na justiça pelo Governo Estadual.

A imagem da terra pacata, rica e verde debaixo d’água chocou o Brasil. Rapidamente o Governo Federal anunciou surpreendentes R$ 1,6 bilhões em auxílio enquanto as doações chegaram a quase R$ 20 milhões de reais. Para gastar o dinheiro Luiz Henrique da Silveira formou o grupo “Reação à Calamidade”. Resignificando o problema: uma “Secretaria Extraordinária de Reconstrução” seria demais, passaria a “falsa idéia de que o Estado está destruído”.

Foram feitos exageros, disse a secretária adjunta de turismo de Florianópolis Daniela Seco, sobre os efeitos da chuva. Hotéis e praias foram preservados. Então a imagem de destruição foi útil para pedir socorro, mas agora precisa ser descontruída. A insalubridade afugenta o turista. Embora aumentem casos de leptospirose, crateras nas estradas - nem se cogita o risco de novas chuvas - uma crise no turismo afetaria os empregos temporários durante o verão, fazendo sofrer duplamente os afetados pelas chuvas.

Mas não se pode culpar a natureza por uma crise no turismo, nem que atores sociais sejam estimulados a esquecer que a degradação ambiental foi a causa do problema por falta de opção econômica. Que a missão do Grupo seja mais do que a Reconstrução de mitos, mas promova a inclusão social com sustentabilidade.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Diga Sim ao turismo sustentável em Santa Catarina


As águas da enchente ainda estavam altas e já se previa o impacto econômico ao setor turístico de Santa Catarina. Nas palavras do Governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) entrevistado frente a um enorme desmoronamento de terra, com possíveis vítimas soterradas, o turista não precisaria se preocupar, tudo seria recuperado à tempo. No dia 27 de novembro , esteve com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto de empresários europeus, para convidá-lo a participar do World Summit, maior evento do turismo mundial que será realizado em Florianópolis em maio de 2009.

Como especialistas denunciam que os efeitos da enchente decorrem do histórico de degradação ambiental, é inevitável uma reflexão sobre as propostas de mudança da legislação ambiental e fragilidade dos órgãos responsáveis. Mas será que a catástrofe inspira um reposicionamento ambientalista dos setores afetados pelas chuvas?

O turismo dependente de um ambiente conservado, pois cultura, segurança, água, paisagem e salubridade são itens obrigatórios da receita do movimento turístico atual. Segundo a campanha “Diga Sim para Santa, Bela e Forte Catarina, os principais atrativos, belezas naturais, equipamentos turísticos, parques e hotéis não foram atingidos. Mas muitas pessoas que dependem do turismo foram atingidas”. Lançando uma nova forma de ajudar o povo catarinense, ao continuar escolhendo o estado como destino nas férias. Ou seja, o setor não está perplexo frente à tragédia, talvez simplesmente não perceba a oportunidade de afirmar uma mudança de postura, plenamente justificável pela dimensão do setor. Dados da WTTC revelam que o turismo mundial deve registrar cerca de US$ 8 trilhões em 2008, passando para US$ 15 trilhões em dez anos.


Infelizmente, Santa Catarina tem se destacado na mídia internacional, por liderar o desmatamento no país, devido às falcatruas no licenciamento ambiental como denunciou a operação Moeda Verde da Polícia Federal. Embora possua mais de 22% da superfície coberta por florestas nativas, passou a ser retratado pelo descaso ambiental. Esta propaganda pode não afugentar o turista, enquanto não houver uma tomada de consciência, mas compromete a natureza, base de sustentação do setor.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Enchentes despertam ambientalismo catarinense?

O Governador Luis Henrique da Silveira (PMDB) anunciou a maior tragédia da história, mais de 100 vítimas fatais. Estes somaram às 340 mortes das 5 maiores enchentes ocorridas desde 1974 no Estado. As chuvas torrenciais seriam uma profecia ambientalista, mas mudanças climáticas globais já enviaram o furacão Catarina em 2004, um ciclone extratropical e totalmente inesperado.

Desta vez, uma enorme repercussão na mídia, e pronta resposta governamental, em socorro às vítimas. De lideranças locais à Senadora Marina Silva partiram manifestos destacando a ingerência ambiental na escalada dos efeitos da chuva. O silêncio dos políticos da situação a respeito inspirou ainda maior desconfiança. Muito ocupados no socorro às vítimas, ou sentem-se comprometidos com o tenebroso panorama instalado.



Os 283 litros despejados num dia em cada metro quadrado de Blumenau, parecem ter sido a gota d’água para transbordar a pressão reacionária na política ambiental nacional. A ampla comoção social pode instar uma tomada de consciência dos milhares que sofrem diariamente suas tragédias individuais decorrentes do mau uso do ambiente. Um possível divisor de águas no curso ambientalista brasileiro, pois Santa Catarina serve de alerta dos efeitos da degradação do Planeta que ameaçam todo o Brasil, bem como, em todo o país, ocorrem neste momento fortes ameaças ao meio-ambiente.

Sinal deste novo tempo Catarinense é a pressão contra o Projeto de Lei Estadual 238/2008 do governador catarinense, que institui o Código do Meio Ambiente Estadual. Inconstitucional segundo a Procuradora da República Analúcia Hartmann, fere a Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o Código Florestal brasileiro, reduzindo matas ciliares a uma linha de 5m de largura. Ameaçaria Unidades de Conservação na área afetada pela enchente, e afogaria o processo de licenciamento, autorizando automaticamente os empreendimentos não vistoriados pelo órgão ambiental em 60 dias.

A proposta encontrava eco na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Sindicatos da Construção Civil (SINDUSCON) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (FETAESC), que compõe o “setor produtivo” e consideram a legislação atual muito restritiva ao desenvolvimento.

Antes da água baixar iniciou um abaixo-assinado contra o projeto de lei, mas o documento base de pesquisadores apontando causas do desastre anunciado só foi publicada como matéria paga no maior jornal do Estado, do Grupo RBS (filiado à Globo). Outras matérias relacionadas não fazem referência ao fato de Santa Catarina ter liderado o desmatamento no país em 2007, nem às falcatruas no licenciamento ambiental como denunciou a operação Moeda Verde da Polícia Federal. Artigos de renomados ambientalistas também pouparam nomes dos responsáveis por ataques à legislação, uma fragilidade intervencionista no atual cenário político nacional.

Rendo-me à Marilena Chauí. Em “Uma ideologia perversa” a ética passou a ser inseparável da ideologia do consenso ao enfatizar o sofrimento individual e coletivo, e por isto obtém consenso de opinião: somos "éticos" porque nos solidarizamos às vítimas da enchente. Mas a contrapartida dessa ideologia é clara: não nos perguntem sobre como ser ético para evitar novas catástrofes, isto divide as opiniões, e a modernidade, como se sabe, é o consenso. Apóia-se a ética do bem ao enviar alimentos, fazer doações, mas não se promove autonomia individual para estabelecer normas de uso coletivo do ambiente. Nem co-responsabilidades ou controle social são provocados.

Por isto, seria oportunismo ambientalista apenas ameaçar a recorrência do problema, nem cabe pautar miraculosas obras de engenharia para conter enchentes, como provou New Orleans (EUA). Pois o cuidado de todo o ambiente, muito mais que matas ciliares, promoverão segurança à população, produção de água e alimentos de qualidade ou conservação da biodiversidade.

Da questão multifacetada e metatecnológica, surge uma ética que renova o ambientalismo? Alguns dias, o diálogo caminhava para flexibilizar a legislação, e o Ministério Público firmou vultoso Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o "setor florestal". Para aqueles que perderam tudo, suas casas e parentes, o consenso é outro. Talvez a tragédia não seja suficiente para mudar a sociológica provada perversa, mas pode provocar um renovado movimento social de diálogo com a natureza em Santa Catarina.

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terça-feira, dezembro 02, 2008

Aquecimento global do setor florestal

No artigo AS FLORESTAS DE EUCALIPTOS E O AQUECIMENTO GLOBAL, de 28/11/2008, Ido Welp - professor da Univates apresenta o papel das empresas florestais diante do aquecimento global, bem como, declina-se diante do aquecimento global do setor florestal.

Além de atenuar "o efeito estufa via formação de maciços florestais com espécies de rápido crescimento". O reflorestamentos de pinus e eucalipto ainda seriam associados à manutenção dos biomas Mata Atlântica, Cerrados, e Floresta Amazônica. Isto porque, "as florestas regulam o regime hídrico, contribuindo para a recarga de aqüíferos e cursos de água, reduzindo o assoreamento, a erosão do solo e as enchentes".
O diversos produtos florestais ainda "desempenham importante papel como fonte de renda e segurança alimentar, contribuindo para a sobrevivência e o modo de vida das populações tradicionais".

Ido Welp faz coro à Hernon J. Ferreira, gerente da Eucatex, para o qual a empresas florestais sempre procuram aprimorar as técnicas de manejo florestal. Essas técnicas seriam suficientemente adequadas à realidade sócio-ambiental brasileira?
Um setor que "até 2012, o Brasil deve ultrapassar a China na produção de celulose e ocupar o terceiro lugar no ranking mundial, superada pela Suécia e Finlândia", precisa fazer investimento em tecnologia florestal? ou em obtenção de respaldo social para seu crescimento?

Neste sentido, chama atenção a capacidade de investir em pesquisa, impossível a outros segmentos sociais, pois as empresas estão "com as portas abertas aos grupos de pesquisa e às universidade".

Isto para "que possam ter embasamentos técnicos e científicos para várias questões que se tornarem mitos na área florestal. Uma (...) visão distorcida e respeito da cultura de eucalipto de uma maneira geral (...)"
O investimento em pesquisa visa aprimorar o manejo florestal, ou simplesmente fazer frente às "críticas ao plantio do eucalipto no Brasil, vindas de pessoas preocupadas com a preservação ambiental, mas com pouco suporte técnico-científico sobre a evolução da silvicultura em nosso país"??

Como se o desenvolvimento tivesse algum pacto com fatos consumados, afirma que "as comunidades que vivem no entorno dos plantios florestais, que passam a conhecer e entender que não é impossível mudar o cenário a que estamos sujeitos atualmente, e que as florestas de eucalipto podem e devem ser grandes aliadas (...)"

Não seria melhor dizer que não há como resistir ao pinus e eucalipto?

Neste caso, o sucesso da silvicultura no Brasil à moda chinesa não deixa de ser uma escola para quem deseja ter sucesso também em sistemas agroflorestais. Negar a experiência brasileira de desenvolvimento florestal é um tremendo desperdício de oportunidade para desenvolver novas estratégias e ferramentas de extensão rural que tenha foco no uso sustentável de florestas, e por isto, pautada na justiça social.

Certamente, o momento é oportuno para refletir quanto os atores interessados na sustentação da Agricultura Familiar, dentre os diversos Povos da Floresta, tais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário, se um dia seremos capazes de conhecer e entender outras formas de formação e uso de florestas.
Do contrário, estaremos sempre fadados a se submeter às políticas e empresas que investiram em pesquisa, ou seja, que fizeram o dever de casa, obtenção e análise de dados.

Segundo Ido, a ciência já provou que "árvores em crescimento seqüestram mais carbono do que plantas maduras... as 220 indústrias de papel e celulose existentes no Brasil emitem 21 milhões de toneladas de CO2 por ano, enquanto os 1,7 milhões de hectares plantados com eucaliptos absorvem 63 milhões de toneladas.

Quanto fixam Sistemas Agroflorestais desenvolvidos pela Agricultura Familiar, suas milhares de variantes? infinidade de espécies, arranjos espaciais e intervenções? Quem pagará a pesquisa?